03/01/2011 às 09h55min - Atualizada em 03/01/2011 às 09h55min

Perspectivas para 2011

Portal Ciência do Leite

Todo ano, em janeiro, fazemos uma retrospectiva e uma perspectiva juntas para o mundo lácteo. Em virtude de 2010 ter sido um ano mais atípico que o normal, e o mercado lácteo já ser irregular por natureza, em dezembro fizemos a retrospectiva de 2010 e em janeiro deixamos para fazer a perspectiva para o ano de 2011.

Como já dizemos, fazer uma perspectiva do que vai acontecer na cadeia láctea, não só do Brasil, mas mundial, por si só é quase como se ter uma bola de cristal, mas podemos fazer da seguinte maneira: vamos dividir o ano em dois períodos, sendo o primeiro semestre e o segundo semestre.

Para o primeiro semestre tudo indica que o valor do leite continuará em alta por vários motivos. O primeiro é que a Nova Zelândia está passando por uma grande seca, o que pode gerar uma queda acentuada em sua produção e conseqüentemente nas exportações, pressionando menos a sua entrada em nosso mercado, já que somos um mercado importador. 

O Rabobank deu a seguinte declaração: "Com as condições gerais de demanda devendo melhorar e as importações devendo permanecer extremamente fortes, as pressões na oferta deverão exercer uma pressão altista nos preços internacionais no primeiro trimestre de 2011", disse o Rabobank. "Considerando um aquecimento na economia mundial e as fortes compras atuais do mercado mundial, da China e da Rússia em particular, isso exercerá uma pressão de alta nos preços internacionais das commodities lácteas nos próximos meses, com considerável potencial de alta". A Rússia e a China continuam aumentando o consumo de lácteos, o que também pressiona menos a sua entrada no Brasil, ou até mesmo uma possível exportação para estes mercados. 

Tem outro fator que continuamos acreditando, o Brasil está passando o período de safra sem grandes estoques de lácteos, sem retração no preço do leite nem dos derivados, com isto na entressafra o mercado interno não deve ter dificuldades de absorver nossa produção. Porém, devemos contar com o bom senso dos governantes para que não deixem entrar leite de exportação, pressionando nosso mercado interno. 

Já para o segundo semestre precisamos esperar os acontecimentos, como economia brasileira, produção externa, preço do milho e da soja, consumo interno, enfim, são vários os fatores que podem determinar o rumo dos acontecimentos.

Porém, no geral, esperamos que o Brasil cada vez mais se especialize na produção leiteira, com o produtor aumentando a litragem por vaca, melhorando a genética de seu plantel e sua alimentação; aumentando a competitividade, nas tecnologias empregadas dentro da indústria láctea, de forma a apresentar novidades tecnológicas ao mercado interno e externo. 

Esperamos também, que o governo aprenda a proteger nosso mercado das importações desproporcionais e descabidas, além de exportar, abrir novos mercados de forma a diminuir a pressão interna, e assim, mostrar que no conjunto da cadeia leiteira, estamos cada vez mais maduros e prontos para entrarmos no rol dos grandes países produtores e exportadores de leite e derivados.

Fazendo uma análise dos produtos agrícolas, o leite está presente na maioria das propriedades rurais mais que qualquer outro produto. Sendo assim, esperamos que um dia, o Brasil seja o maior produtor de leite do mundo e determine o seu preço mundial, como já acontece com vários outros produtos agrícolas como é o caso do café, açúcar, algodão, carne e soja. 

É o que deseja e sonha toda equipe do Portal Ciência do Leite!!!


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