Agricultores familiares que produzem leite na zona de Craíbas, no Agreste alagoano, mudaram a forma de ordenhar os animais e agora praticam a ordenha manual higiênica, que garante mais qualidade ao produto e segurança para quem consome o leite.
Sete pequenos produtores participaram, durante um ano, de uma pesquisa da Embrapa Tabuleiros Costeiros. Inicialmente, eles foram acompanhados por técnicos da Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário (Seagri), que observavam a forma como os produtores conduziam a ordenha e faziam coletas do leite para análise em laboratório.
O produto era coletado uma vez por mês e enviado para a Embrapa Gado de Leite, em Minas Gerais. Depois, no decorrer da pesquisa, os produtores receberam kits de ordenha manual higiênica, foram conscientizados sobre a importância de mudar o hábito e receberam uma capacitação.
“Agora eles entendem que essa higiene é necessária e até se tornam multiplicadores dessa prática, estão influenciando os demais”, destacou a zootecnista Ana Cláudia Nobre Mendes, da Seagri, que acompanhou o grupo. Segundo ela, todos eles confirmam que vão continuar fazendo a ordenha higiênica para garantir mais qualidade ao produto e valorização de seu trabalho.
“Outro benefício é que, fazendo a ordenha dessa forma, eles evitam algumas doenças que podem atingir a vaca que está produzindo leite. Assim, economizam em remédios”, frisou a zootecnista.
Os materiais que fazem parte do kit de ordenha manual são: um banco de uma perna, um borrifador de água para lavar as tetas do animal, uma caneca de fundo preto, usada para identificar doenças, um balde semi-aberto, um coador de leite e um suporte com iodo, que é aplicado nas tetas após a ordenha.
Além de Craíbas, agricultores de Maravilha, Inhapi e Minador do Negrão também participaram da pesquisa. A partir deste mês de agosto, em cada um desses municípios, outros criadores serão acompanhados.
