19/07/2017 às 14h33min - Atualizada em 19/07/2017 às 14h33min

Comitê Gestor do Plano Mais Leite Mais Renda estuda ações para ampliar produtividade e qualidade na produção paulista

As entidades representativas dos setores produtivo, industrial, acadêmico e de pesquisa do leite que integram o Comitê Gestor do Plano Mais Leite Mais Renda iniciaram no dia 20 de julho, na sede da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, na capital, a coleta de informações para diagnosticar as principais demandas da pecuária de leite paulista, visando o fortalecimento do setor.

O Plano, que será oficialmente lançado na próxima sexta-feira (28), durante as comemorações pelo Dia do Agricultor, tem como objetivo coordenar a cadeia produtiva do leite, aumentando a produtividade e a qualidade da produção. “O objetivo é coordenar diversas ações de fomento ao setor que têm sido realizadas nos últimos anos pelas entidades. Uma série de programas tem sido desenvolvida no Estado, com contribuições efetivas para o setor e outras iniciativas que muitas vezes estão localizadas, não conseguiram ganhar a devida repercussão”, explicou.

Para o titular da Pasta, a articulação e integração das ações existentes fará com que o setor ganhe escala e tenha melhor sintonia. “O Plano será um aglutinador das ações para que poder público, iniciativa privada, setor produtivo, indústria e segmento acadêmico e de pesquisas possam ter um fórum comum de iniciativas”, pontuou Arnaldo Jardim.

A estimativa, conforme explicou o assistente agropecuário da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati), Carlos Pagani Netto, é ampliar em 10 anos a produção de 1,77 bilhões para 2,5 bilhões/litros/ano, o equivalente a 41%, elevando a produtividade de 1.380 para dois mil litros/vaca/ano, com uma taxa de crescimento geométrico de 3,5% ao ano.

A iniciativa visa atender às demandas de um rebanho de cerca de um milhão que já é voltado exclusivamente à pecuária de leite e de 4,5 milhões de gado misto, destinado tanto à produção de leite como abate, sendo que este último  está localizado principalmente em pequenas propriedades de produtores familiares.

“Paralelamente ao trabalho deste Comitê, que traz a validação política, técnica e operacional do Plano, é necessária a criação de grupos regionais, respeitando os trabalhos que já estão em andamento, para trazer sinergia e atender com foco as ações propostas”, observou o titular da Cati, João Brunelli Junior.

“Por meio do Plano, será possível melhorar as práticas sanitárias, de maneira a capilarizar uma ação mais educativa do que fiscalizatória da defesa”, complementou o coordenador de Defesa Agropecuária do Estado, Fernando Gomes Buchala.

O presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados no Estado de São Paulo (Sindileite), Carlos Humberto Mendes de Carvalho, também destacou a importância da regionalização das ações do Plano. “São Paulo tem mais de 40 milhões de habitantes, por isso as ações que valem para uma região produtora do Estado são diferentes para outras”, disse. Para o dirigente, a indústria precisa inovar com qualidade e sanidade. “Há países da Europa que consomem 60% de leite orgânico. A exportação de um produto orgânico, por exemplo, tem maior valor agregado. Há nichos de mercado que não estão sendo explorados, mas é preciso produzir com sanidade”, alertou.  

Para o chefe da Divisão de Política, Produção e Desenvolvimento Agropecuário da Superintendência Federal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Augusto Billi, o órgão tem muito a contribuir com o Plano, uma vez faz a interface com toda a cadeia. “O Estado é tão grande que uma única instituição não consegue enxergar tudo, mas podemos elaborar o diagnóstico e tomar as melhores decisões para aumentar a qualidade e produtividade”, afirmou Billi.

Participaram da reunião representantes dos seguintes órgãos do Comitê Gestor do Plano Mais Leite Mais Renda: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados no Estado de São Paulo (Sindileite), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações), Associação dos Estabelecimentos com Sisp e Aderidos ao Sisbi/POA (Assesisp), Associação Brasileira de Criadores (ABC), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo (Ocesp), Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo (Itesp), Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar do Estado de São Paulo (Fetaesp), Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (Unesp), Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz (Esalq), Sindicato Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Federação de Agricultura e Pecuária do Estado (Faesp). 


Fonte: Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo (SAA/SP) 


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