01/03/2017 às 08h04min - Atualizada em 01/03/2017 às 08h04min

Exportações de lácteos procuram manter o impulso de 2016

Exportações/EUA – Os Estados Unidos recuperaram a participação nas exportações no segundo semestre, mas os desafios precisam ser superados. Em volume, os exportadores norte-americanos de lácteos tiveram o melhor segundo semestre da história, em 2016.

Dado os muitos desafios enfrentados pela indústria – competidores agressivos e câmbio desfavorável – foi um desempenho particularmente sólido. O volume dos produtos (leite em pó, soro de leite, lactose, queijo e manteiga) subiram 15% nos últimos seis meses, quanto compardos com a segunda metade de 2015. As 996.000 toneladas exportadas entre julho e dezembro foi o segundo maior volume embarcado, abaixo apenas do 1 milhão de toneladas vendidas no mesmo período de 2013.

O desempenho de muitos produtos atingiram recordes no segundo semestre (queijos +4%; NDM/SMP + 21%), mas o soro de leite foi a estrela. O carregamento de soro de leite cresceu 33% de julho a dezembro, com embarques recordes para a China. A tendências dos preços incentivou os aumentos. O soro de leite dos Estados Unidos (EUA) teve vantagem de preços em relação ao soro de leite da União Europeia (UE) durante quase todo o segundo semestre. Os preços da manteiga e dos queijos dos EUA, que estavam significativamente mais caros que os da UE e Oceania desde a primavera de 2015, ficaram mais competitivos a partir do outono, quandos os cotações internacionais das commodities lácteas começaram a recuperação.

Os números do segundo semestre sugerem que os EUA recuperaram parcela importate das exportações perdidas em 2015 e na primeira metade do último ano. Enquanto o volume com exportação dos principais produtos lácteos norte-americanos aumenta 15% de julho a dezembro, o volume da UE cai 1%, e o volume da Nova Zelândia subiu apenas 1%, em relação ao mesmo período do ano anterior.

As perspectivas para que as exportações continuem ganhando volume são positivas. Os preços norte-americanos estão mais alinhados com o mercado mundial, e os EUA continua tendo o maior excedente de produtos exportáveis. No entanto, os mercados mundiais estão, atualmente, em uma pausa, depois do rápido aumento de preços verificado no segundo semestre de 2016.

Os compradores diminuíram, particularmente aqueles importadores mais sensíveis aos preços. Os elevados estoques de leite em pó desnatado (SMP) na União Europeia (UE) (352.000 toneladas nos estoques de intervenção equivalem a 1,5% da produção anual de leite da UE) continuam como uma sombra sobre o mercado. Também o dólar valorizado, e os fracos preços do petróleo deprimem o poder de compra em todo o mundo.

Por isso, os exportadores norte-americanos esperam pelo recuo das compras do México, de longe o nosso maior cliente. O relatório do USDA (Departamento de Agricultura dos EUA) informa que devido às preocupações em relação a uma possível guerra comercial, os compradores mexicanos estão procurando novos fornecedores. Isto ficou evidente em uma recente compra de 15.000 toneladas de SMP da UE. Os exportadores norte-americanos terminaram 2016 com muita força, mas, 2017 inicia com um misto de otimismo e cautela.

Fonte: Terra Viva


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